A Prefeitura divulga abaixo o Boletim Informativo Epidemiológico com os números de casos de sífilis referentes ao 1º quadrimestre de 2022 em Itajubá. Segundo o levantamento do Departamento de Epidemiologia, Itajubá apresenta atualmente 44 casos de sífilis adquirida na população adulta, 14 casos de sífilis em gestantes e 1 caso notificado de sífilis congênita em bebê menor de 1 (um) ano.
Os dados preocupam e evidenciam a necessidade cada vez maior dos pacientes com sífilis realizarem adequadamente o seu acompanhamento e de seus filhos. “As pessoas precisam se conscientizar do quão grave é esta doença e, assim, procurar o atendimento necessário. Estamos realizando uma força-tarefa para combater a doença e também acompanhar os casos já existentes”, explicou a responsável pelo Departamento de Epidemiologia de Itajubá, Eliane Quintiliano.
Vale lembrar que os casos de sífilis cresceram exponencialmente nos últimos anos em todo o Brasil. Além disso, muitas pessoas deixaram de procurar atendimento devido à pandemia de Covid-19, ocasionando uma subnotificação da doença. Isso significa a existência de um número muito maior de casos.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Quem possui sífilis pode apresentar diversas manifestações clínicas. Uma delas é o aparecimento de uma úlcera no local de entrada da bactéria, geralmente na região genital, que sara sozinha. Por ser uma doença silenciosa, é preciso identificar os casos de forma precoce. Assim, a Prefeitura disponibiliza a testagem de diagnóstico gratuito para a doença em todos os postinhos de saúde, assim como atendimento médico e os exames necessários que são sempre marcados para o dia seguinte ao teste.
A benzetacil é o medicamento de escolha para o tratamento da sífilis e o tratamento do parceiro juntamente com a gestante é crucial para o sucesso terapêutico, bem como para a prevenção da transmissão da sífilis para o bebê.
PREVENÇÃO
A principal forma de prevenção da sífilis é utilizar preservativo em todas as relações sexuais. Ainda que tenha tratamento e cura, a doença pode levar o paciente a graves complicações, inclusive ao óbito. No caso de mulheres grávidas acometidas pela doença, por exemplo, o diagnóstico tardio ou a falta do tratamento adequado pode levá-la ao abortamento, rematuridade, baixo peso da criança ao nascer e morte fetal, problemas comuns em casos de sífilis congênita.