Dengue, Zika e Chikungunya: Ações preventivas são necessárias para combater as doenças

 

 

Para conter uma epidemia de Dengue, Zika e Febre Chikungunya, várias ações de conscientização são necessárias. As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e há semelhanças e diferenças importantes entre elas, desde a transmissão até os sintomas. Confira:

Dengue: A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da Dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Na fase febril inicial da doença pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas.

Febre Chikungunya: Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter Chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.

Zika: Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito.

Como prevenir?

O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, vive dentro de casa e perto do homem. Ele tem hábitos diurnos e alimenta-se de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. A reprodução acontece em água limpa e parada, a partir da postura de ovos pelas fêmeas. Os ovos são colocados em água limpa e parada e distribuídos por diversos criadouros – estratégia que garante a dispersão da espécie.

São medidas paliativas no combate ao mosquito: usar telas em janelas e portas, roupas compridas e usar repelente. A única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. A população também não deve depositar lixo e entulho nas ruas, praças, em terrenos ou nas margens dos rios e ribeirões. Além disso:

– Caixas d’água dever permanecer fechadas e a limpeza deve ser regular;

– Calhas devem ser limpas para que a água não se acumule;

– Pneus devem ser armazenados em locais fechados, cobertos e estarem sempre secos;

– As vasilhas dos animais devem ser lavadas com sabão pois os ovos do mosquito ficam presos no vasilhame;

– Areia deve ser colocada nos pratos das plantas;

– Latas de lixo devem permanecer tampadas;

– Coloque areia sobre os cacos de vidro em cima do muro pois são reservatórios do mosquito;

– A água da piscina deve ser constantemente trocada e as extremidades devem ser limpas com frequência;

– Garrafa vazias devem ser guardadas de cabeça para baixo ou tampadas.

A população pode ajudar a fiscalizar e denunciar os locais em que há acúmulo de lixo, entulho ou mato.